quarta-feira, 20 de agosto de 2014

EDUCAÇÃO ESPIRITA DEVE SER PROVIDA NO LAR E NO CENTRO ESPÍRITA (Jorge Hessen)

Jorge Hessen
http://aluznamente.com.br

A rede de escolas charter KIPP (Knowlegde is Power Program), nos Estados Unidos, tem como meta levar seus alunos (quase 90% oriundos de famílias pobres) até a universidade. A proposta consubstancia-se em diversas atividades visando despertar entusiasmo, perseverança, autocontrole, gratidão, otimismo, inteligência social e curiosidade em seus alunos. Uma de suas unidades, localizada no Harlem, em Nova York, extrapolou e criou uma inusitada aula de “CARÁTER”. Nesse sentido a escola investiu no ensino de habilidades como comunicação, resiliência e determinação. A proposta é para fazer conexões com a ciência e explicar como o cérebro funciona, através de técnicas de meditação, concentração e yoga. 1
Efetivamente não ponderamos bastante sobre a educação moral, mesmo neste século, ou nas últimas duas décadas. Somente agora psicólogos pesquisam sobre a “inteligência emocional” e pedagogos timidamente começam a falar sobre autoconhecimento, mesmo assim atrelados à “sociedade do conhecimento”, dando mais ênfase ao intelectual que ao moral.
Algumas propostas pedagógicas atuais são elogiáveis para instruir o homem, porém "é pela educação, mais do que pela instrução, que se transformará a humanidade". 2 A Educação do Espírito é o núcleo da lição espírita. "O Livro dos Espíritos é um manual de Educação Integral oferecido à Humanidade para a sua formação moral e espiritual na Escola da Terra".3 A Doutrina dos Espíritos, sem sombra de dúvida, é uma súmula cultural, compreendendo diversos campos da ciência, tendo como ponto de aliança a Pedagogia. Não foi por acaso que o professor Rivail embrenhou-se pela educação após receber profundo legado de Pestalozzi, a representação mais poderosa da Pedagogia mundial.
Na máxima “Fora da caridade não há salvação, estão encerrados os destinos dos homens, na Terra e no céu. Essa divisa é o facho celeste, a luminosa coluna que guia o homem no deserto da vida, encaminhando-o para a Terra da Promissão.” 4 A caridade legítima, sob qualquer aspecto, que o cristão deve procurar realizar, não pode restringir-se somente ao importante e imprescindível assistencialismo material (às vezes circunscritos e improfícuos), contudo sim a caridade da Educação.
Para o ínclito pedagogo lionês, “há um elemento que não se ponderou bastante, e sem o qual a ciência econômica não passa de teoria: a educação. Não a educação intelectual, mas a moral, e nem ainda a educação moral pelos livros, mas a que consiste na arte de formar o CARÁTER, aquela que cria os hábitos adquiridos”. 5 O empenho pela Educação integral não pode resvalar pelos sofismas materialistas, utilitaristas e de usuras vazias, que são atualmente o mote da maior parte das ideologias dominantes. O cerne da pedagogia espírita é uma proposta de educação do espírito. Nesse sentido, entendemos ser na ESCOLA DA FAMÍLIA que podemos e devemos em primeiro lugar conquistar e exercitar virtudes fundamentais da educação espiritual, como altruísmo, paciência, amor ao próximo, e ao mesmo tempo o empenho de contribuirmos para o progresso do semelhante.
Trata-se, pois, A FAMÍLIA de um universo permanente e fecundo para a Educação Plena. O mais forte impulso que o Espiritismo ajusta na relação entre os elementos de uma mesma família é o rompimento de hierarquias de funções. Cabe aos pais a missão de educar os filhos e na verdade trata-se de empreitada de amplo encargo moral. Todavia, pai, mãe, filho, filha, esposo, esposa, avó, avô, neto e neta são invariavelmente Espíritos andantes da evolução humana, cada qual transportando sua herança pregressa e seu mandato atual, necessariamente  análogos, e dignos todos de respeito e amor, sejam velhos, adultos, jovens, crianças, homens e mulheres.
Lamentavelmente, hoje as obras cinematográficas, os programas de TV, a Internet, as revistas em quadrinhos, que veiculam violências com heroísmo, inventando universos fantasiosos além do mundo real, decretando  que os “mocinhos” usem as mesmas estratégias  dos bandidos, como se a harmonia pudesse ser apropriada através do uso da truculência. Muitas escolas e grupos familiares instruem autoritariamente, sem o exercício do diálogo, do trabalho construtivo, obstinando em empregar aprendizados acabados, fórmulas fechadas e preleções recorrentes. Nesse caso, quem pode ser apontado como culpado das misérias morais na sociedade? Respondem os Espíritos que é “a sociedade”, e rematam: “é frequentemente a má educação que falseia o critério dessas pessoas, em lugar de asfixiar-lhes as tendências perniciosas”. 6
No debate há os que acodem a ideia de se levar a filosofia espírita da educação para os educadores e para a escola formal. Defendem que somente a filosofia espírita pode impulsionar o fazer educacional para fins superiores. Afiançam que é numa instituição de ensino primário, secundário ou superior, que devemos colocar em prática a Educação segundo o Espiritismo.
Defendem que é preciso criar espaços institucionais, onde as crianças, os adolescentes e os jovens possam receber uma Educação integral; ser amados e observados como Espíritos imortais e reencarnados; ser estimulados a se auto-educarem. Para tais arautos, a cultura, tanto objetiva como subjetiva, da “Era do Espírito”, não pode ser transmitida às novas gerações através dos limitados recursos da Educação Cristã ou da Educação Laica, ambas superadas. O conflito materialismo versus espiritualismo, que gerou essas duas formas de educação, não tem mais possibilidade de sobreviver na cultura atual. A nova concepção do homem e do mundo, que marca o nosso tempo, exige uma nova educação de dimensões cósmicas e espirituais.
Sob esse argumento evoca-se como justificativa Eurípedes Barsanulfo, que fundou e dirigiu o Colégio Allan Kardec em Sacramento, MG, lá pelos idos de 1909. Após essa empreita do apóstolo mineiro, afirmam os causídicos da educação espírita nas escolas regulares que ninguém mais pode deter a marcha da escola formal de ensino espírita. Só confiamos que eles não ignorem que a humanidade não se converterá ao Espiritismo dessa forma.
Quem sabe o argumento seja até instigante analisado sobre a plataforma da educação espírita nas escolas particulares. Todavia optamos por considerar a contestação levando-se em conta o ensino público onde pugnamos pela ideia de que educação Laica, do ponto de vista do Estado e dos direitos de cidadania, deve ser mantida como tema de foro íntimo do indivíduo, alojado ali, junto à liberdade de consciência e de opinião. 
Diante da diversidade existente no Brasil, por exemplo, é central que esta questão seja novamente discutida, no sentido de que não haja mais nas escolas públicas espaços para a pregação/ensino de quaisquer crenças religiosas patrocinadas pelo poder público. Não cabe ao Estado destinar energia e dinheiro para esse fim, sendo isso uma responsabilidade das instituições religiosas e da família.
Considerando a posição assumida pelo Conselho Federativo Nacional, em reunião plenária de 9 de novembro de 1997, a Federação Espírita Brasileira propôs que o ensino religioso deve ser ministrado no lar e no Centro Espírita tão somente; recomendou ainda que as Instituições Espíritas de todo o país orientassem os pais para que declarem expressamente, no ato da matrícula dos alunos espíritas, nas escolas públicas de ensino fundamental, que eles não assistirão às aulas de ensino religioso, sob qualquer hipótese.
Perfilhamos ao lado do mesmo pensamento febiano, pois admitimos que a educação espírita deve ser mantida restrita aos centros espíritas (para os espíritas), ao lar e, sobretudo, desprovida da roupagem imprópria do sectarismo. O núcleo familiar é o primeiro grupo social do qual participamos e recebemos, não somente, herança genética ou material, mas principalmente moral. A educação espírita aí tem um papel importantíssimo na formação do CARÁTER do indivíduo, ou melhor, na formação da pessoa como um todo.
Salvo melhor juízo, recusamos qualquer ensino de “Espiritismo” nos currículos das escolas e faculdades formais (públicas e ou privadas).

Referências bibliográficas: 
1 Disponível em http://www.mundosustentavel.com.br/2014/06/escola-nos-eua-inclui-aula-de-carater-no-curriculo/ acesso em 14/08/2014
2 Kardec ,Allan.  Obras Póstumas, Rio de Janeiro: Ed. FEB 1980, página 384.
3 Pires, J. Herculano. Pedagogia Espírita. São Paulo, Edicel, 1985
4 Kardec Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. cap. XV “Instruções dos espíritos”, item 10, ditado pelo Espírito Paulo, o apóstolo (Paris,1860.), RJ: Ed FEB, 1990
5 Kardec Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed FEB 2000, questão 685-A:
6 Idem questão 813

sábado, 16 de agosto de 2014

Ideologia partidária X Doutrina dos Espíritos (Revista O Consolador)


O legado da tolerância doutrinária não se deve manifestar na forma de omissão diante das enxertias conceituais e ideias anômalas que alguns companheiros intentam impor nas instituições doutrinárias em nome da militância política. Principalmente nas proximidades das disputas para eleições político-partidárias, em que surgem aqui e acolá discussões sobre se o espírita deve ou não candidatar-se a algum cargo eletivo.

Em verdade, a Doutrina dos Espíritos não estimula o engajamento para funções nas estruturas político-partidárias. E não ajusta sua tribuna a serviço da propaganda partidária de quaisquer candidatos. A tarefa urgente do espírita é a transformação de comportamento individual, a luta pelo ideal do bem, em nome do Evangelho. Agindo assim, os espíritas não estão alheios às questões políticas; engana-se quem pensa o contrário. Os espíritas incorruptíveis, fiéis à família, à sociedade e aos compromissos morais, são, integralmente, cidadãos ativos, que exercem o direito e/ou obrigação (depende do ponto de vista) de votar; porém, sem vínculos com as absurdas contendas ideológico-partidárias.

Se algum confrade estiver vinculado a qualquer partido político, se deseja concorrer como candidato a cargo eletivo, obviamente tem total liberdade de fazê-lo, mas que atue bem longe dos ambientes espíritas, de modo que não camufle, dentro da Instituição Espírita, disfarçada intenção, visando conquistar votos dos frequentadores. O excesso de cautela nesse caso é recomendável; não é questão de preconceitos; é até uma questão de lógica, pois, em se discutindo assuntos da política humana, é inadmissível trazer, para as hostes espíritas, o partidarismo, a ideologia (de “direita”, “esquerda”, “centro”, “ambas” etc. etc. etc.). Conquanto, como cidadão, cada espírita tenha o direito e o livre-arbítrio para militar no universo fragmentado das ideologias político-partidárias, não tem o direito de confundir as coisas. Não esqueçamos que o Espiritismo não é um fragmento da política mundana, nem tampouco se envolve com grupos políticos sectários, que utilizam meios contraditórios com os fins de poder.

Como vimos, por razões óbvias, repetimos, é imperioso distinguir o interesse de valor inócuo da política humana da excelsa política de Jesus – a “Verdadeira luz que alumia a todo homem”(1). Quando trabalhamos pela erradicação da miséria e da exclusão social, estamos adotando a política “d’Aquele que é desde o princípio”(2). A política do verdadeiro espírita é a favor do ser humano e de seu crescimento espiritual. O espírita consciente não se submete nem se omite diante do poder político, e nem tampouco assume o lugar de “oposição” ou de “situação”. Até porque "o discípulo sincero do Evangelho não necessita respirar o clima da política administrativa do mundo para cumprir o ministério que lhe é cometido. O Governador da Terra, entre nós, para atender aos objetivos da política do amor, representou, antes de tudo, os interesses de Deus junto do coração humano, sem necessidade de portarias e decretos, respeitáveis embora"(3).

Bezerra e Eurípedes

O primeiro capítulo do Estatuto da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas estabelece a seguinte PROIBIÇÃO (isso mesmo, PROIBIÇÃO!): “AS QUESTÕES POLÍTICAS, DE CONTROVÉRSIA RELIGIOSA E DE ECONOMIA SOCIAL NELA [S.P.E.E.] SÃO INTERDITAS”. Portanto, e por imparcial razão, é inaceitável alguém utilizar a tribuna espírita para propaganda político-partidária. Da mesma forma, é situação deprimente um espírita utilizar palanques eleitoreiros a fim de implorar votos, valendo-se demagogicamente de sofismas e simulacros de “modéstia”, “pobreza”, “humildade”, “altruísmo”, “tolerância”, exaltando suas inigualáveis “virtudes” e colossais obras de “caridade”. Aconselhamos a tais imponderados "espíritas”, mendicantes de votos, que se afastem do Espiritismo e optem por outro credo, a fim de que seja assegurado ao movimento espírita a não contaminação dessa infecciosa política reles e mesquinha de interesses pessoais.

Alguns defensores da politização nas casas espíritas evocam Bezerra de Menezes e Eurípedes Barsanulfo a fim de justificarem seus arrazoados. A carreira política de Bezerra de Menezes iniciou-se em 1861, quando foi eleito vereador municipal pelo Partido Liberal. Foi reeleito para o período 1864-1868 e elegeu-se Deputado Geral em 1867. Novamente foi eleito vereador em 1873. Ocupou o cargo de presidente da Câmara, que atualmente corresponde ao de prefeito do Rio de Janeiro, de julho de 1878 a janeiro de 1881. Nessa época, a intensificação da luta abolicionista teve a adesão de Bezerra, que usou de extrema prudência no trato do assunto. Entretanto, no dia 16 de agosto de 1886, o público de duas mil pessoas que lotava a sala de honra da Guarda Velha, no Rio de Janeiro, ouviu, silencioso e atônito, o famoso médico e político anunciar sua conversão ao Espiritismo. A partir daí, não se envolveu com o partidarismo político.

Quanto a Eurípedes Barsanulfo, foi respeitável representante político de sua comunidade, sem dúvida. Tornou-se secretário da Irmandade de São Vicente de Paula, tendo participado ativamente da fundação do jornal "Gazeta de Sacramento" e do "Liceu Sacramentano". Logo viu-se guindado à posição natural de líder, por sua segura orientação quanto aos verdadeiros valores da vida. Através de informações prestadas por um dos seus tios, tomou conhecimento da existência dos fenômenos espíritas e das obras da Codificação Espírita. Diante dos fatos, voltou completamente suas atividades para a nova Doutrina, pesquisando por todos os meios e maneiras, até desfazer totalmente suas dúvidas. A partir daí, o partidarismo político deixou de ser parte integrante dos anseios do jovem mineiro.

Não temos necessidade de representantes políticos 
 
Por fortes razões, é necessário que façamos profunda distinção entre Espiritismo e política partidária. Somos “políticos” desde que nascemos e vivemos em sociedade; sim, e daí? A Doutrina Espírita não poderá, jamais, ser veículo de especulação das ambições particulares nesse campo. Se o mundo gira em função de políticas econômicas, administrativas e sociais, não há como tolerar militância política dentro das hostes espíritas. Não se sustentam as teses simplistas de que só com a nossa participação efetiva nos processos políticos ao nosso alcance ajudaremos a melhorar o mundo. Isso é parvoíce ideológica.

Não há como confundir a política terrena de interesses menores com a política do “Filho do Altíssimo”(4). Cada situação na sua dimensão correta. Política partidária, aos políticos pertence, enquanto que prática espírita é atividade para espíritas cristãos. O argumento de que os parlamentares se servem, com o pretexto de "defender" os postulados da Doutrina, ou aliciar prestígio social para as hostes espíritas, ou, ainda, ser uma "luz" entre os legisladores, é argumento ardiloso, desonesto. "NÃO TEMOS NECESSIDADE ABSOLUTA DE REPRESENTANTES OFICIAIS DO ESPIRITISMO EM SETOR ALGUM DA POLÍTICA HUMANA"(5).

Os legítimos estudiosos espiritistas acercam-se da compreensão de viver naturalmente impregnados de bom senso e humildade. Entendem que "a missão da doutrina é consolar e instruir, em Jesus, para que todos mobilizem as suas possibilidades divinas no caminho da vida. Trocá-la por um lugar no banquete dos Estados é inverter o valor dos ensinos, porque todas as organizações humanas são passageiras em face da necessidade de renovação de todas as fórmulas do homem na lei do progresso universal"(6).

Mais uma vez, afiançamos que não se sustentam as teses inúteis de que só com a nossa participação efetiva nos processos políticos ao nosso alcance ajudaremos a “melhorar” o Brasil. Não esqueçamos que o “Rei dos Séculos”(7) cogitou muito a melhora da criatura em si. Não nos consta que o “Filho de Deus”(8) tivesse aberto qualquer processo político-partidário contra ou a favor do poder constituído à época. Portanto, a nossa conduta apolítica (apartidária) não deve ser encarada como conformismo; pelo contrário, essa atitude é sinonímia de paciência operosa, que trabalha sempre para melhorar as situações e cooperar com aqueles que recebem a responsabilidade da administração de nossos interesses públicos.

É acertado lembrar que, nos imperceptíveis consentimentos, vamos descaracterizando o programa da Terceira Revelação. A título de tolerância, diversas vezes fechamos os olhos para a politização nas casas espíritas; entretanto a experiência demonstra que, às vezes, é presumível até fechar um olho, porém nunca os dois. Considerando que nosso mundo é a morada da opinião, é natural que apresentemos para os companheiros militantes políticos desacordos sobre esse tema. Inadmissível, porém, tendo em vista a própria orientação da Doutrina Espírita, é o clima de injunções que se coloca, não raro, envolvendo os que confundem intensidade com agressividade, ou defesa da verdade com inflexibilidade.

Estamos investidos de compromisso mais imediato, em vez de mergulhar no mundo da política saturada por equívocos deploráveis. Por isso, não devemos buscar uma posição de destaque, para nós mesmos, nas administrações transitórias da Terra. Se formos convocados pelas circunstâncias, devemos aceitá-la, não por honra da Doutrina que professamos, mas como experiência complexa, onde todo sucesso é sempre muito difícil. "O espiritista sincero deve compreender que a iluminação de uma consciência é como se fora a iluminação de um mundo, salientando-se que a tarefa do Evangelho, junto das almas encarnadas na Terra, é a mais importante de todas, visto constituir uma realização definitiva e real. A missão da doutrina é consolar e instruir, em Jesus, para que todos mobilizem as suas possibilidades divinas no caminho da vida. Trocá-la por um lugar no banquete dos Estados é inverter o valor dos ensinos, porque todas as organizações humanas são passageiras em face da necessidade de renovação de todas as fórmulas do homem na lei do progresso universal."(9)

Conclusão
Fosse uma sociedade educada para a tolerância recíproca, para o respeito à autoridade, para o trabalho persistente, sem conflitos entre servidores e governo, empresários e trabalhadores, em que as pessoas se unissem para compreender a necessidade dos valores espirituais na vida de cada um ou de cada grupo social, seríamos um país venturoso e pacífico. Muitos podemos admirar a política enquanto ciência, enquanto princípios, enquanto filosofia, mas definitivamente não precisamos nos envolver em partidarismos políticos. Pensamos ser justos em lutar por nossa ação voluntária na Sociedade, seja na ação profissional, seja na ação de cidadania, sem trocar nossa dignidade por politicagens ou conveniências pessoais.

Referências bibliográficas:
1 João 1:9
2 1 João 2:13
3 Xavier, Francisco Cândido. Vinha de Luz, ditado pelo Espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1999, cap. 59
4 Lc 1.32
5 VIEIRA, Waldo. Conduta Espírita, Ditado pelo Espírito André Luiz, Rio de janeiro: FEB, 2001, Cap. 10
6 Xavier, Francisco Cândido. O Consolador, ditado pelo Espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1984, pergunta 60
7 1Tm 1.17
8 Mt 2.15
9 Xavier, Francisco Cândido. O Consolador, ditado pelo Espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1984, pergunta 60.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

EM SÃ CONSCIÊNCIA, QUEM PODE ARREMESSAR A PRIMEIRA PEDRA? (Jorge Hessen)

Jorge Hessen
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Vivemos uma dessas incomuns ocasiões em que, a partir de uma nova representação tecnológica, isto é, de uma nova relação com a sociedade moderna, um novo modelo de humanidade é concebido. Estamos num estágio social em que o mundo virtual é quase o real; contudo, ele nos brota como sonho. Alguns sonham com cuidado, outros se submergem nos cipoais dos desvarios oníricos. Em todos esses estágios há o perigo de essa situação virar pesadelo. Esse é o preço que o homem paga pelo avanço da Tecnologia da Informação (TI), apesar de muitos cidadãos ainda não terem se dado conta de que seus atos pelas vias virtuais estão estabelecendo desastres morais de consequências imprevisíveis. Vejamos: a questão aqui colocada como inquietante é o duplo adultério ocorrido pelas ferramentas virtuais, desaguando na vida real.

Um casal bósnio está se divorciando, depois de descobrir que um traía o outro em chats na Internet. Detalhe: eles começaram o relacionamento virtual usando pseudônimos, e só descobriram a verdade quando combinaram um encontro real com os "novos parceiros". Sana Klaric, 27 anos, e seu marido Adnan, 32, usavam os pseudônimos de "Sweetie" e "Prince of Joy" em salas de bate-papo. Conheceram-se e iniciaram uma relação, confidenciando-se mutuamente os problemas que tinham em seu casamento. 1

Os dois estavam convencidos de ter finalmente encontrado sua alma gêmea e resolveram marcar um encontro real para se conhecer, e descobriram a verdade. A esposa disse que "de repente estava apaixonada, parecia que eu e "Prince of Joy" [pseudônimo do esposo] estávamos amarrados no mesmo tipo de casamento infeliz". "Depois, me senti tão traída", disse a esposa. O marido, por sua vez, continua sem poder acreditar no que aconteceu. "É difícil pensar que “Sweetie” [pseudônimo da esposa], que escreveu coisas tão maravilhosas para mim [Prince of Joy] , é na verdade a mesma mulher com quem me casei e que, por anos, não foi capaz de me dizer uma única palavra agradável". 2

Sem dúvida estamos diante de insólita ocorrência inteiramente edificada sobre as areias de um casamento arruinado, da escapatória do consórcio por meio da recíproca infidelidade conjugal e da autocomiseração em face do mútuo adultério. Diante do fato, tenta-se a busca do “divórcio” para “resolver” a demanda de dois corações lesionados. Compreendemos que a traição dói de todas as maneiras, seja ela virtual ou real.

Perante a deslealdade conjugal, grande contingente pessoas exibem duas fases de reação: protesto e desespero. A pessoa se contorce, grita, chora, implora por uma nova chance. Já na segunda fase, a reação será muito parecida com a de pacientes em depressão: falta de vontade de interagir socialmente, perda de apetite, insônia e desinteresse por qualquer atividade. Obviamente não existe adultério onde reina sincera afeição recíproca.

Não estamos aqui para lançar juízos sob o império conceitual de falsa superioridade ante os que se encontram dilacerados nos sentimentos. Sobre o adultério em si preferimos recorrer à sentença do Cristo que diz: “atire-lhe a primeira pedra aquele que estiver isento de pecado.”. 3 Esta sentença faz da indulgência um dever para nós outros, porque ninguém há que não necessite, para si próprio, de indulgência. “Ela nos ensina que não devemos julgar com mais severidade os outros, do que nos julgamos a nós mesmos, nem condenar em outrem aquilo de que nos absolvemos. Antes de profligarmos a alguém uma falta, vejamos se a mesma censura não nos pode ser feita.”. 4

Sobre o  ditado “atire a primeira pedra”, é “curioso notar que Jesus, em se tratando de faltas e quedas, nos domínios do espírito, haja escolhido aquela da mulher, em falhas do sexo, para pronunciar a sua inolvidável sentença. Todavia, dos milenares e tristes episódios afetivos que reverberam na consciência humana, resta, ainda, por ferida sangrenta no organismo da coletividade, o adultério que, de futuro, será classificado na patologia da doença da alma, extinguindo-se, por fim, com remédio adequado.”. 5

Infelizmente, o “adultério ainda permanece na Terra, por instrumento de prova e expiação, destinado naturalmente a desaparecer, na equação dos direitos do homem e da mulher, que se harmonizarão pelo mesmo peso, na balança do progresso e da vida. Quando cada criatura for respeitada em seu foro íntimo, para que o amor se consagre por vínculo divino, muito mais de alma para alma que de corpo para corpo, com a dignidade do trabalho e do aperfeiçoamento pessoal luzindo na presença de cada uma, então o conceito de adultério se fará distanciado do cotidiano, de vez que a compreensão apaziguará o coração humano e a chamada desventura afetiva não terá razão de ser.”. 6

O Espírito Emmanuel ilustra que “no rol das defecções, deserções, fraquezas e delitos do mundo, os problemas afetivos se mostram de tal modo encravados no ser humano que pessoa alguma da Terra haja escapado, no conjunto das existências consecutivas, aos chamados "erros do amor". 7

“Quem não haja varado transes difíceis nas áreas do coração no período da reencarnação em que se encontre, investigue as próprias inclinações e anseios no campo íntimo, e, em sã consciência, verificará que não se acha ausente do emaranhado de conflitos, que remanescem do acervo de lutas sexuais da Humanidade.”. 8

Achamo-nos muito longe da pureza do coração, e por isso mesmo, se alguém nos parece cair sob enganos do sentimento, não critiquemos; em vez disso, silenciemos e oremos a seu benefício. Nenhum de nós consegue conhecer-se tão exatamente a ponto de saber hoje qual a dimensão da experiência afetiva que nos espera no futuro. Somos incapazes de examinar as consciências alheias, e cada um de nós, ante a Sabedoria Divina, é um caso particular em matéria de amor, reclamando compreensão.

Referências bibliográficas:

1             Disponível em http://metro.co.uk/ acesso 12/08/2014
2             Disponível em http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI1920421-EI4802,00.html acessado em 12/08/2014
3             João 8:7
4             Kardec, Allan. Evangelho Segundo o Espiritismo, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1977,item 13, do Cap. X,
5             Xavier, Francisco Cândido. Sexo e Vida , ditado pelo espirito Emmanuel, RJ: Ed FEB, 2001
6             idem
7             idem
8             idem

terça-feira, 12 de agosto de 2014

ENVELHECER É UMA ARTE E UMA CIÊNCIA (Jorge Hessen)

Jorge Hessen
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Anne Leitrim, uma inglesa de 70 anos de idade, residia sozinha em Bournemouth, no sul da Inglaterra, e foi encontrada morta no quarto do seu apartamento (após seis anos). Os vizinhos supunham que ela tinha se mudado e a família (pasmem!) não sentiu sua ausência durante todo esse tempo. Diante do caso, o servidor Cliff Rich, membro da organização Contact the Elderly, instituição filantrópica de apoio a idosos, alegou que muitos anciães são praticamente “invisíveis” para o resto da sociedade inglesa. 1
Observemos que estamos diante da sociedade mais conservadora da Terra, tida como de “primeiro mundo”, onde se apregoa muito a importância do “bem-estar” dos idosos. “No Brasil, alguns sociólogos afirmam que, se um país como o nosso precisa de um "estatuto dos idosos" (ou seja, de uma lei), para lembrar a respeitabilidade deles, isso indica que algo está muito errado com a sociedade.”. 2
Certo dia escutei um cidadão (brasileiro) na fila do cartório, esbravejando que o direito do idoso era uma incoerência, um exagero. Revoltado, arrazoava: “vamos ao banco, ao cinema, em qualquer fila, até as de emergência, e aquele montão de pessoas passa na nossa frente se dizendo “preferencial”. Quem é idoso? A pessoa às vezes nem tem 60 anos, anda de sapato esportivo (tênis), usa óculos Ray Ban, está magnificamente arrumada, mulheres maquiadíssimas, homens arremessando glamour e dizem "sou idoso". E lá ficamos nós, otários, para trás. Acho que há muita indolência. Até office velho os escritórios arrumaram... Empréstimos, décimo-terceiro antecipado, medicamentos e trabalho? Tudo é para eles, e nós, que estamos na idade adulta e necessitada, o que sobra para nós? O governo devia pensar em todos, mesmo porque ser idoso não é ser minoria".
Sem entrar em disputa com tal indignado cidadão, cabe-lhe recordar que não se pode generalizar jamais numa circunstância dessas. O processo envelhecer demanda uma atenção especial em virtude das modificações biológicas, psicológicas e sociais, sendo necessária uma maior atenção por parte da sociedade e formulação e efetivação de políticas públicas voltadas para o idoso. Em muitas culturas e civilizações, principalmente as orientais, o idoso é visto com respeito e veneração, representando uma fonte de experiência, do valioso saber acumulado ao longo dos anos, da prudência e da reflexão, enquanto em outras o idoso representa "o velho", "o ultrapassado" e "a falência múltipla do potencial do ser humano" – é lamentável!
A História mostra que o envelhecimento do corpo de muitos anciãos não se processou em paralelo, para quem soube cultivar o Espírito. A idade cronológica não representou barreiras para Giuseppe Verdi, compositor italiano, que aos sessenta anos compôs "Aída"; com mais de setenta e quatro, "Otelo", e aos oitenta e quatro completa três imorredouras páginas religiosas: "Ave Maria", "Stabat Mater" e "Te Deum". Pablo Picasso, o genial pintor espanhol, aos noventa e um anos, cria; Winston Leonard Spencer Churchill, septuagenário, foi a alma da resistência na Segunda Grande Guerra, e morre aos noventa e um anos em plena contribuição social.
Que falar ainda de Albert Einsten, Thomas Edison, Albert Schweitzer, Louis Pasteur, Alexander Fleming, Konrad Hermann Joseph Adenauer, Bertrand Russell, espíritos altamente produtivos aos setenta, oitenta, noventa anos de idade física, que não se entregando à vida contemplativa, permanecem vivos até hoje, quando pelos efeitos de suas descobertas, invenções, ideias e ideais se mantiveram produtivos, interessados, interessantes e atuantes, apesar, do envelhecimento físico.
Cremos que a decrepitude deveria ser encarada como venturosa pelo que contém de gratificante, mormente por causa das longas refregas das buscas e das realizações. Envelhecer é uma arte e uma ciência, se buscarmos rejuvenescer nossa alma. Há idosos que conquistaram a longevidade de forma sadia e feliz, contudo muitos estão largados nos asilos da vida, amargando suas enfermidades no isolamento. Há os que aceitam sua decrepitude sem rezingar e sem exigir nada dos outros; todavia igualmente indiferentes não oferecem nada a ninguém.
Dizem que a idade avançada é a noite da Vida, entretanto, a noite pode ser bela, clara, toda ornamentada de estrelas e constelações, luar e claridade a se esparzirem de uma longa vida cheia de virtude, bondade e honra! O entendimento espírita vê a idade avançada como o outono no tempo, fase normal, necessária, imprescindível na sucessão harmônica dos objetivos e funções da encarnação, envolta, igual a todas as outras, nos dons da Natureza, nas bênçãos de Deus.


Referências:
1              Disponível em http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/06/britanica-e-achada-morta-em-apartamento-apos-6-anos.html Acessado em 08/08/2014


2              Disponível em http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes acessado em 09/07/014

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

QUEM ME ESTABELECEU JUIZ OU ÁRBITRO DA VOSSA PARTILHA? (Jorge Hessen)

Jorge Hessen
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Sem adentrar em pormenores sobre diferentes significados do termo herança (do latim haerentia) ou espólio, (do latim spollium), propomos conceituar  palavra como o conjunto dos bens que integra o patrimônio deixado pelo desencarnado , e que serão partilhados, no inventário, entre os encarnados (herdeiros ou legatários). Herança é, portanto, o direito de herdar (receber algo de uma situação anterior). Eis alguns  exemplos clássicos: “O meu avô deixou para meu pai uma fazenda em Goiás como herança”, “O Santiago dilapidou a herança dos seus pais”, “minha tia deixou-me como herança um apartamento em  Brasília”
Via de regra, o homem contemporâneo sonha  “receber uma  herançazinha” de um parente próximo abastado,  “estar bem na vida”, “ganhar bem” e às vezes até contempla “trabalhar para enriquecer” , porém, normalmente , permanece sob  miragens.  Obviamente  esse desígnio materialista , dos tempos atuais,  compõe a fórmula de “ignorância dos valores espirituais na Terra, onde se verifica a inversão de quase todas as conquistas morais. Foi esse excesso de inquietação, no mais desenfreado egoísmo, que provocou a crise moral do mundo, em cujos espetáculos sinistros podemos reconhecer que o homem físico, da radiotelefonia e do transatlântico, necessita de mais verdade que dinheiro, de mais luz que de pão.” 1
Por outro lado, há pessoas  riquíssimas  que têm  experimentado significativa  desambição material. O magnata Warren Buffett , quarto homem mais rico do mundo, prometeu doar 99% de sua fortuna antes de desencarnar. Começou anunciando o direcionamento de 83% para a Fundação Gates.  O bilionário afirmou que quer dar aos seus filhos somente o suficiente para que eles sintam que podem fazer tudo, mas não o bastante para que eles acharem que não precisam fazer nada. O poderoso Bill Gates, primeiro homem mais rico do mundo, Michael Bloomberg , Nigella Lawson e o músico inglês Sting, não deixarão suas fortunas como herança para os filhos. Ambos defendem a tese que seus filhos precisam trabalhar para ganhar o próprio dinheiro. 2
O tema é instigante. Os fortuitos herdeiros necessitam pensar  que “há bens infinitamente mais preciosos do que os da Terra, e esse pensamento ajudará a desapegar destes últimos. Quanto menos valor se dá a uma coisa, menos sensível se fica à sua perda. O homem que se apega aos bens da Terra é como uma criança que apenas vê o momento presente; aquele que não é apegado é como o adulto, que vê coisas mais importantes, pois compreende essas palavras proféticas do Cristo: Meu reino não é deste mundo.” 3
Sobre a questão do espólio o Espírito Humberto de Campos expõe em “Cartas e Crônicas o seguinte trecho: “Em família observe cautela com testamentos. As doenças fulminatórias chegam de assalto, e, se a sua papelada não estiver em ordem, você padecerá muitas humilhações, através de tribunais e cartórios... (...)" 4A cobiça por uma herança é tão grave e real que o Espírito André Luiz também aconselhou  que  se faça uma avaliação  prudente “sobre as questões referentes a testamentos, resoluções e votos, antes da desencarnação, para [o desencarnado] não experimentar choques prováveis, ante  inesperadas incompreensões de parentes e companheiros. Pois o fenômeno da morte exprime realidade quase totalmente incompreendida na Terra.” 5
O Codificador inquiriu aos Espíritos se “o princípio segundo o qual o homem não passa de um depositário da fortuna que Deus lhe permite gozar durante sua vida tira-lhe o direito de transmiti-la a seus descendentes” ?   Os Benfeitores elucidaram  que “o homem pode perfeitamente transmitir, quando desencarna, os bens de que gozou durante sua vida, pois o efeito desse direito está subordinado sempre à vontade de Deus, que pode, quando quiser, impedir seus descendentes de desfrutar deles; é assim que se vê desmoronarem fortunas que pareciam solidamente estabelecidas. Portanto, o homem é impotente na sua vontade, julgando que pode manter a sua fortuna em sua linha de descendência, mas isso não lhe tira o direito de transmitir o empréstimo que recebeu, uma vez que Deus o retirará quando achar conveniente”. 6 
Quase sempre a partilha dos bens torna-se uma prova muito difícil tanto para os encarnados quanto para os desencarnados. Kardec igualmente explorou o tema  na questão 328 do Livro dos Espíritos quando indagou às “vozes do além” se o desencarnado assiste à reunião de partilha de seus herdeiros. Os Benfeitores Espirituais afirmaram que “quase sempre. Para seu ensinamento e castigo dos culpados, Deus permite que assim aconteça. Nessa ocasião, o Espírito julga do valor dos protestos que lhe faziam. Todos os sentimentos se lhe patenteiam e a decepção que lhe causa a rapacidade dos que     entre si partilham os bens por ele deixados o esclarece acerca daqueles sentimentos. Chegará,  porém, a vez dos que lhe motivam essa decepção.”7
O assunto nos transporta para as eras apostólicas quando alguém da multidão pronunciou a Jesus: "Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança". Ele respondeu: "Homem, quem me estabeleceu juiz ou árbitro da vossa partilha?" Depois lhes disse: "Precavei-vos cuidadosamente de qualquer cupidez, pois, mesmo na abundância, a vida do homem não é assegurada por seus bens".8
Em suma, fazemos o remate final com a reflexão de Humberto de Campos, “se você possui algum dinheiro ou detém alguma posse terrestre, não adie doações, caso esteja realmente inclinado a fazê-las. Grandes homens, que admirávamos no mundo pela habilidade e poder com que concretizavam importantes negócios, aparecem, junto de nós, em muitas ocasiões, à maneira de crianças desesperadas por não mais conseguirem manobrar os talões de cheque.” 9

Referências Bibliográficas:

1    Xavier, Francisco Cândido. O Consolador , ditado pelo espírito Emmanuel , pergunta 68, RJ: Ed. FEB. 1977
2     Disponível  em http://veja.abril.com.br/noticia/economia/sting-entra-para-a-lista-de-ricacos-que-nao-deixarao-heranca-para-os-filhos acesso em 02 de agosto de 2014
3    Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XVI, RJ: Ed FEB 2008
4    Xavier, Francisco Cândido. Cartas e Crônicas, ditado pelo espírito Humberto de Campos, cap. 4 “Treino para morte” Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1967
5    Vieira,Waldo. Conduta Espírita, ditado pelo espírito André Luiz, Rio de Janeiro: Ed. FEB 1977
6     Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XVI, RJ: Ed FEB 2008
7    Kardec, Allan. O Livro dos Espírito, pergunta  328,  RJ: Ed FEB 2008
8     Lc. 12:13-15
9    Xavier, Francisco Cândido. Cartas e Crônicas, ditado pelo espírito Humberto de Campos, cap. 4 “Treino para morte” Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1967