Jorge Hessen
Recentemente, uma notícia causou grande entusiasmo no mundo científico. Pesquisadores da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear – CERN [1], o maior laboratório de física de partículas do mundo [2], anunciaram a constatação do Bóson de Higgs , alcunhado como “partícula de Deus”, na presunção de que seria a matriz, a energia primordial que deu origem ao universo material existente no Cosmo.
Historicamente, há algumas descobertas científicas que levaram o ser humano a experimentar, pelo menos três grandes golpes na autoestima, segundo proferia Sigmund Freud; o primeiro baque foi quando Copérnico afirmou que a Terra não era o centro do Universo. O segundo foi quando Darwin transformou o homo sapiens em tão-somente mais um animal sobrevivente da seleção natural. O terceiro desapontamento foi quando o “pai da psicanálise” sugeriu que o homem não era senhor nem mesmo de seus atos, governados, na verdade, por impulsos inconscientes.
Ainda que sob o tacão do materialismo reconhecemos que a ciência desvenda fenômenos admiráveis. O homem chegou ao raio laser, através de técnica que permite as partículas de luz (fótons) concentradas sejam emitidas em forma de um feixe contínuo. A proeza foi criada em 1960 por Theodore Maiman. Desde então, o laser evoluiu e hoje em dia é empregado nos centros cirúrgicos, industriais, salas de aula, impressoras, leitores de código de barras, de cd’s e dvd’s, corte e solda de metais, remoção de tatuagem, cirurgia ocular, uso militar e espacial (já foram usados para medir a distância entre a Terra e a Lua), etc., etc.
Cientistas da Universidade de Osaka, no Japão, testaram recentemente um novo laser que seria capaz de desintegrar o nosso planeta. A potência do laser LFEX é de 2 pentawatts. Para se ter uma ideia, um pentawatt (PW) é 1015 watts, o que seria mil terawatts ou um quatrilhão de watts. Apenas um pentawatt corresponde a 30 mil vezes a demanda diária de energia elétrica do nordeste brasileiro. Diante de tamanha potência, no teste realizado, o laser foi disparado durante um picossegundo, que equivale a um trilionésimo de segundo, visando não oferecer qualquer tipo de risco. O objetivo principal do experimento é aprimorar as técnicas médicas e industriais com uso de laser. Mas, apesar do sucesso na experiência, o laser preocupa cientistas devido à possibilidade de ser usado para o desenvolvimento de armas de destruição em massa. [3]
Sem profetismos , cremos que em menos meio século o ser humano poderá passar por uma quarta lesão “narcísica” (baque na autoestima como dizia Freud, diante dos históricos golpes da revolução científica). E ela virá pela astrofísica, sobretudo quando o homem realizar viagens interplanetárias. Estimativas, baseadas em dados concretos da sonda espacial “Kepler”, são de que há muitos mundos em condições de abrigar vida biológica para cada estrela análoga ao Sol.
Mas, uma questão que permanece em aberto é a característica de vida que pode ter surgido em outras esquinas do Universo, adverte Ansgar Reiners, professor de astrofísica na Universidade de Göttingen, na Alemanha. O pesquisador diz que devem existir muitos lugares fora da Terra onde processos biológicos estão acontecendo, mas não sabemos se há formas de vida complexas como a terrena (plantas, mamíferos e/ou inteligência). Essa questão permanece uma questão totalmente aberta, ainda não sabemos o suficiente sobre o ambiente de outros planetas.
Na esperança de localizar vidas noutros orbes, a NASA já tem projetos para levar humanos para Marte, por exemplo. Ficção? Merchandising trapaceiro? Será que podemos duvidar da idoneidade científica ? Presumindo ou não, o desenhista-industrial Mark Rademaker e o cientista da NASA Harold White apresentaram o projeto de uma nave espacial capaz de transportar pessoas pelo universo a uma velocidade superior à velocidade da luz.[4] White é um físico que passou anos para conseguir obter a velocidade da luz das naves espaciais. Em 2011, ele publicou um relatório em que apresentou, pela primeira vez, o conceito de movimento com velocidade superluminal [5]. Agora, a sua equipe apresentou o projeto da nave que incorpora este conceito.
Quando se trata de viagens interestelares, devido às grandes distâncias envolvidas, a única solução viável para se chegar a outros planetas e estrelas é um método de transporte que viaje próximo ou mais rápido do que a velocidade da luz. O sistema estelar mais próximo, Alpha Centauri, está a pouco mais de quatro anos-luz de distância – a uma velocidade de 62136 km/h (a velocidade na qual a Voyager-1 voa através do espaço), uma nave espacial levaria cerca de 67 mil anos para chegar lá. [6]
Será possível o homem construir tais “carros voadores”? Há evidências, pelos menos nos relatos de testemunhas, que irmãos de outras instâncias da “Casa do Pai” já alcançaram construir tais máquinas voadoras de propulsão completamente desconhecida e têm insistentemente abeirados da Terra conforme narrativas de avistamentos de supostos “ovnis”. Será possível?
Assestando aqui a nossa prosa para o universo espírita, reconhecemos que a despeito de toda sabedoria humana, infelizmente a ciência tão-somente estuda a natureza do micro e do macro cosmo numa perspectiva materialista. Em face disso a realidade do homem espiritual não tem sido do campo da ciência “oficial “e nem objeto de suas investigações. Até mesmo a filosofia tem formulado, teses contraditórias, que vão desde a mais pura espiritualidade, até o materialismo e ateísmo, sem outras bases, senão as ideias pessoais dos seus teóricos.
Até quando a ciência “clássica” e a filosofia academicista vão deixar sem resposta os mecanismos do mundo espiritual ? Sem a coparticipação dos princípios espíritas, apesar das conquistas científicas, os senhores dos laboratórios continuarão sem saber donde vieram e para onde irão, se já viveram e se ainda viverão noutras reencarnações e qual sua sorte após a morte física. No futuro, sem sombra de dúvida, com o sustentáculo da revelação espírita a ciência esquadrinhará todos os universos possíveis.
Aguardemos pois o tempo, apesar de ser o tempo um tirano criterioso, porém, o tempo é sempre senhor da razão! ...
Notas e referências bibliográficas:
[1] Antigo acrônimo para Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire
[2] Localizado em Meyrin, na região em Genebra, na fronteira Franco-Suíça
[3] Pesquisadores da Universidade de Illinois, garante que um laser de tamanha potência pode explodir o planeta em questão de segundos.
[4] Disponível em http://br.sputniknews.com/portuguese.ruvr.ru/news/2014_06_14/NASA-publica-projeto-de-nave-capaz-de-viajar-mais-r-pido-que-a-luz-v-deo-6785/ acesso em 08/08/2015
[5] Há uma variedade de sistemas de propulsão propostos, como propulsores de íons, mas nenhum deles realmente se aproxima das velocidades necessárias para permitir a exploração de outros planetas em menos de alguns milhares de anos. Motores de dobra, enquanto a anos de distância de até mesmo testes em pequena escala – se eles forem mesmo possíveis – são uma das poucas exceções que permitem viagens espaciais dentro do tempo de uma vida humana. Alguns cientistas descobriram com um experimento denominado Efeito Casimir, onde as chamada partículas virtuais presentes no vácuo quântico ajudariam a contrair e expandir o espaço. Em um experimento onde duas placas de metais são colocadas lado a lado, as partículas virtuais expandem o espaço em volta da placa e contraem o espaço interno entre as placas . Com este fato poder-se-ia criar um motor de dobra espacial. Para tanto bastaria aproveitar as partículas virtuais presentes no vácuo quântico. Um motor de dobra espacial absorveria partículas virtuais encolhendo o espaço a frente e expeliria partículas virtuais atrás expandindo o espaço atrás.
[6] Disponível em http://www.universoracionalista.org/tag/superluminal/ acesso 08/08/2015