Jorge Hessen
http://aluznamente.com.br
Estudos
demonstram que o uso excessivo da internet é um perigo para a saúde
mental. A prisão psíquica pelo computador está unida à depressão e
variações de humor que podem ser semelhantes a crises de abstinência e
fazer com que um internauta apresente traços de autismo. Sim! o fato de o
vício em internet ser fortemente relacionado a traços de autismo é um
dado científico recente, e pode ser de natureza semelhante a associações
estabelecidas entre isolamento social e esse tipo de dependência.
Por que será que o mundo de chip, bit, modem, memória RAM, webcam, som, poesia, cultura, conteúdo para adulto, ciência, hacker, filosofia, perigos etc., vem fascinando mais do que a vida que se levava antes da década de 80? Permanecer neste mundo virtual diante de um monitor. Será por medo? vergonha? timidez? falta de amor próprio? insegurança? carência? solidão? Ou será encantamento, necessidade de conhecimento, de realizar feitos inenarráveis, de ultrapassar limites, provocar reações... ou apenas poder se comunicar?
Os vícios tecnológicos são denominados de tecnoses. No caso específico da internet é conhecido como internet-dependência ou cibervício. Pessoas viciadas em internet são muito mais predispostas a apresentar alteração de humor negativa e péssimo estado de espírito logo após desligarem o computador do que internautas que usam a rede mundial de computadores de forma moderada. É um quadro análogo à síndrome de abstinência e robustece ainda mais a ideia de que esses viciados sofrem de dependência cibernética.
Na América do Norte, a "compulsão à internet" é tratada por um crescente número de centros médicos especializados, entre eles os da Universidade de Maryland, em College Park, e o Computer Addiction Study Center, do Hospital McLean, em Belmont, Massachusetts. A questão “cibervício” está sendo analisada e deverá ser publicada no mês de maio de 2013 no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM, sigla em inglês), documento considerado por muitos médicos como a "bíblia da psiquiatria".
Afirma Phil Reeds que “quando essas pessoas [ciberviciados] se veem off-line, elas passam a apresentar um humor muito mais negativo, assim como indivíduos que deixam de usar drogas ilegais, como o ecstasy”. Esses indivíduos “talvez precisem de ajuda para entender as razões para o uso em excesso da internet e qual é a função do hábito em suas vidas”.(1) Óbvio que o uso intensivo e inadequado do computador causa problemas de saúde variados. Podem ser identificados problemas relacionados à visão, mente, músculos, articulações e coluna. As queixas de quem sofre esses problemas incluem fadiga, cansaço e irritação ocular, visão turva, tensão muscular, dores de cabeça, stress, dores no pescoço, costas e braços. Dentre os principais problemas, estão as Lesões por Esforço Repetitivo (LER), que agora são reconhecidas como Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT).
Apesar de não haver consenso, existe um estudo da Universidade La Salle, divulgado em 2008, afirmando que há um total de 50 milhões de adictos(2) na web. Todavia, outro relatório da Advances Psychiatric Treatment informa que o número de compulsivos gira em torno de 5% a 10% do total de internautas no mundo (estimados em 1,3 bilhão de pessoas, de acordo com o Internet World Stats) – isso dá cerca de 100 milhões de pessoas.
Na China, dos 18,3 milhões de internautas adolescentes, mais de 2 milhões são viciados na rede mundial de computadores. Há casos extremados em que internautas morrem após longas horas diante de videogames. Li Meng, um chinês viciado em jogos virtuais, passa a maior parte do tempo jogando on-line. Meng “reside” há seis anos em um cybercafé em Changchun, no nordeste do país, recusa-se a conversar com as pessoas que frequentam o local e não corta o cabelo há muito tempo, e só deixa o cybercafé exclusivamente para comer e tomar banho.
A despeito dos riscos concretos que o uso inadequado da web pode apresentar, a priori não identificamos a Internet como algo danoso ao homem; ao oposto! Ela é uma extensão da vida real, difundida pelas ondas eletromagnéticas sutis, além de ser uma ferramenta indispensável na sociedade contemporânea. Sem ela o mundo trava, imobiliza tudo e todos.
É evidente que não precisamos ter receios da Internet como a Inquisição teve medo dos livros. Tal como o Codificador, devemos aprender a arrostar as investidas, sempre com a intenção de procurar a verdade e de esclarecer. É supérfluo dizer que é importantíssimo empregar os recursos da Internet em prol dos ideais que orientam nossas vidas. Coopero voluntariamente com um grupo de idealistas e coordenadores do portal http://espiritismo.net. Os dirigentes do portal têm demonstrado a eficácia desse instrumento de difusão doutrinária, através de frentes de trabalhos espíritas reconhecidas, inclusive por muitas federativas, e com isso têm difundido conhecimento e consolo a quantos os buscam.
Por que será que o mundo de chip, bit, modem, memória RAM, webcam, som, poesia, cultura, conteúdo para adulto, ciência, hacker, filosofia, perigos etc., vem fascinando mais do que a vida que se levava antes da década de 80? Permanecer neste mundo virtual diante de um monitor. Será por medo? vergonha? timidez? falta de amor próprio? insegurança? carência? solidão? Ou será encantamento, necessidade de conhecimento, de realizar feitos inenarráveis, de ultrapassar limites, provocar reações... ou apenas poder se comunicar?
Os vícios tecnológicos são denominados de tecnoses. No caso específico da internet é conhecido como internet-dependência ou cibervício. Pessoas viciadas em internet são muito mais predispostas a apresentar alteração de humor negativa e péssimo estado de espírito logo após desligarem o computador do que internautas que usam a rede mundial de computadores de forma moderada. É um quadro análogo à síndrome de abstinência e robustece ainda mais a ideia de que esses viciados sofrem de dependência cibernética.
Na América do Norte, a "compulsão à internet" é tratada por um crescente número de centros médicos especializados, entre eles os da Universidade de Maryland, em College Park, e o Computer Addiction Study Center, do Hospital McLean, em Belmont, Massachusetts. A questão “cibervício” está sendo analisada e deverá ser publicada no mês de maio de 2013 no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM, sigla em inglês), documento considerado por muitos médicos como a "bíblia da psiquiatria".
Afirma Phil Reeds que “quando essas pessoas [ciberviciados] se veem off-line, elas passam a apresentar um humor muito mais negativo, assim como indivíduos que deixam de usar drogas ilegais, como o ecstasy”. Esses indivíduos “talvez precisem de ajuda para entender as razões para o uso em excesso da internet e qual é a função do hábito em suas vidas”.(1) Óbvio que o uso intensivo e inadequado do computador causa problemas de saúde variados. Podem ser identificados problemas relacionados à visão, mente, músculos, articulações e coluna. As queixas de quem sofre esses problemas incluem fadiga, cansaço e irritação ocular, visão turva, tensão muscular, dores de cabeça, stress, dores no pescoço, costas e braços. Dentre os principais problemas, estão as Lesões por Esforço Repetitivo (LER), que agora são reconhecidas como Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT).
Apesar de não haver consenso, existe um estudo da Universidade La Salle, divulgado em 2008, afirmando que há um total de 50 milhões de adictos(2) na web. Todavia, outro relatório da Advances Psychiatric Treatment informa que o número de compulsivos gira em torno de 5% a 10% do total de internautas no mundo (estimados em 1,3 bilhão de pessoas, de acordo com o Internet World Stats) – isso dá cerca de 100 milhões de pessoas.
Na China, dos 18,3 milhões de internautas adolescentes, mais de 2 milhões são viciados na rede mundial de computadores. Há casos extremados em que internautas morrem após longas horas diante de videogames. Li Meng, um chinês viciado em jogos virtuais, passa a maior parte do tempo jogando on-line. Meng “reside” há seis anos em um cybercafé em Changchun, no nordeste do país, recusa-se a conversar com as pessoas que frequentam o local e não corta o cabelo há muito tempo, e só deixa o cybercafé exclusivamente para comer e tomar banho.
A despeito dos riscos concretos que o uso inadequado da web pode apresentar, a priori não identificamos a Internet como algo danoso ao homem; ao oposto! Ela é uma extensão da vida real, difundida pelas ondas eletromagnéticas sutis, além de ser uma ferramenta indispensável na sociedade contemporânea. Sem ela o mundo trava, imobiliza tudo e todos.
É evidente que não precisamos ter receios da Internet como a Inquisição teve medo dos livros. Tal como o Codificador, devemos aprender a arrostar as investidas, sempre com a intenção de procurar a verdade e de esclarecer. É supérfluo dizer que é importantíssimo empregar os recursos da Internet em prol dos ideais que orientam nossas vidas. Coopero voluntariamente com um grupo de idealistas e coordenadores do portal http://espiritismo.net. Os dirigentes do portal têm demonstrado a eficácia desse instrumento de difusão doutrinária, através de frentes de trabalhos espíritas reconhecidas, inclusive por muitas federativas, e com isso têm difundido conhecimento e consolo a quantos os buscam.
Notas:
(1) Conforme afirma Phil Reed, professor da Universidade de Swansea, na Grã-Bretanha, disponível em
(2) Adicto, do latim addictu, é um adjetivo, que significa: Afeiçoado, dedicado, apegado. adjunto, adstrito, dependente. Em medicina é quem não consegue abandonar um hábito nocivo, mormente de álcool e drogas, por motivos fisiológicos ou psicológicos.